Chefes tóxicos destroem as empresas e minam talentos

11 10 2010

Não é fácil lidar com chefes que são inseguros, incompetentes ou mau caráter.

Por Julio Sergio Cardozo

A comunicação é um dos maiores problemas entre chefes e subordinados. E a principal reclamação das equipes é: os líderes não transmitem para seus superiores as informações como deveriam. Ou seja, tudo que diz respeito ao desempenho das pessoas nas relações subordinado/chefe, diretor/presidente não flui.
Resultado: muitos profissionais perdem a motivação, não cumprem as metas e passam o tempo tentando arrumar um novo emprego. Precisamos atentar para um fato da natureza humana, que se chama filtrar as informações, tornar as informações convenientes. Por que isso ocorre? Porque o chefe pode ser mau caráter, incompetente ou inseguro e está protegendo o seu próprio cargo.
O mau caráter, como sabemos, tem uma índole do mal. Não quer ajudar os demais e acha que sozinho vai conseguir vencer, o que é um absurdo. Se possível ficaria com o bônus só para ele.
O incompetente não quer expor suas deficiências, porque, ao elogiar o comportamento do subordinado, seu superior hierárquico pode pensar que o bom é o subordinado e não ele.
O inseguro em muito se assemelha com o incompetente. Não confia nos demais e sempre se sente ameaçado. Acha que o subordinado pode se destacar mais e, portanto, impede que os demais brilhem. Na luta pela sobrevivência, só quem pode ficar na vitrine é ele e ponto final.
Lidar com eles não é tarefa fácil!
Se você é vítima de um mau caráter, a única saída é arriscar um contato com o superior dele e tentar mostrar o quanto sua liderança atrapalha o desempenho da equipe. Ou quem sabe, a solução seja mudar de empresa. Agora, se seu chefe é inseguro ou incompetente torne-se um aliado dele. Mostre que você não está ali para competir, que seu sucesso vai ajuda-lo a ter sucesso.

 

Julio Sergio Cardozo

Julio Sergio Cardozo é conferencista, consultor de empresas e professor livre-docente de controladoria & finanças. Leciona no Programa de Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ e em cursos de MBA como professor convidado em diversos programas no país. Contador e Administrador, obteve o título de livre-docência pela UERJ com a defesa da tese: “A Inadequação dos Pareceres de Auditoria”. Participou, como orientador, presidente ou membro, em mais 80 bancas examinadoras de dissertações de mestrado e teses de doutorado na UERJ, Fundação Getulio Vargas, IBMEC e Universidade de São Paulo – USP.

Articulista ativo, escreveu mais de uma centena de artigos publicados em jornais e revistas de grande circulação no Brasil e no exterior. Conferencista bem avaliado, proferiu mais de 80 palestras no Brasil e no exterior. Detentor do “Prêmio Conselho Federal de Contabilidade de Pesquisa Contábil”, da “Medalha do Mérito Contábil” concedida pelo CRC-ES e da medalha “Joaquim Monteiro de Carvalho” – Ordem do Mérito Contábil concedida pelo CRC-SP.

Autor dos livros: “Contabilidade Geral” – Editora Dimensão; “Relatórios e Pareceres de Auditoria” – Editora Atlas (obra única e de referência sobre o tema);  “Você Não Tem de Ceder: A Trajetória de Força e Ética de um CEO no Brasil” – Editora Campus/Elsevier; e “O Melhor Vem Depois. Desvendando o Enigma da Longevidade” com coautoria de Andrea Giardino – Editora Saraiva

Foi sócio da Ernst & Young por mais de vinte anos ocupando posições de destaque tendo como principais clientes as Organizações Globo – TV, rádios, mídia impressa, NET – Grupo Peixoto de Castro, Coca-Cola, Generali do Brasil Seguros. Como Chairman & CEO da firma na América do Sul integrou as operações na região e expandiu os negócios a taxas muito superiores às da concorrência. Tornou-se membro do Board da Ernst & Young Americas com sede em Nova York.

Após a sua aposentadoria da Ernst & Young fundou a Julio Sergio Cardozo & Associados, empresa de consultoria em negócios com sede na cidade de São Paulo.

Ligações externas:

Twitter: www.twitter.com/juliocardozo
Site: http://www.cardozo-group.com

 

Fonte: http://www.linkedin.com/share?viewLink=&sid=s139741591&url=http%3A%2F%2Flnkd.in%2FmR62hY&urlhash=il7E&uid=5397332543294930944&trk=NUS_UNIU_SHARE-title&goback=.gdr_1286825084041_1.anb_44922_*2


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2 responses

12 10 2010
Yuri

Concordo plenamente com a materia exposta e muito bem comentada.

Realmente existem empresas que ainda não se atentaram para o fato e que ainda prestigiam este tipo de profissional que faz qualquer coisa para atender as metas, inclusive de forma grosseira ou injusta para com a equipe e pares.
Trabalhei em empresas assim e hoje verifico que ainda existem muitas pessoas infelizes por lá.
Antes de ingressar neste tipo de ambiente de trabalho cabe ao profissional verificar com algum conhecido ou mesmo alguma referência que já tenha pertencido ao quadro da empresa, como é o relacionamento com o chefe e ainda como a empresa trata esta questão.
A cultura organizacional de empresas norte americanas favorece este ambiente onde se atinge qualquer meta a qualquer custo.
Atenção para não cair neste ambiente do tipo ” ninho de cobras ” !

14 10 2010
ROBSON DORNELAS FERNANDES

A edição desta matéria certamente é de grande valia a todos os gestores de uma organização.

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